sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

EM VEZ DE ou AO INVÉS DE


Em vez de é o mesmo que em lugar de; ideia de substituição.
Ex: Em vez de peixe, comeu frango. Em vez de subir, desceu.

Ao invés de dá ideia de oposição, contrário, indica situação oposta.
Ex: Ao invés de subir, desceu.

Portanto o uso de ao invés de é incorreto em: Ao invés de peixe, comeu frango. Pois não há situação oposta, peixe não é oposto de frango.

Facilitando: Sempre que tiver dúvida, use em vez de, não há como errar.


a, c e d estão corretas.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

TAXAR OU TACHAR?


TACHAR: Deriva de tacha, que vem do francês tache. Significa mancha, nódoa. Portanto, tachar é correto e tem o sentido de pôr defeito ou manchar alguém.
Ex: O menino, que dormia na sala, foi tachado de preguiçoso.

TAXAR: Verbo que significa instituir imposto a ser pago, fixar quantia.
Ex: O preço do produto foi taxado pelo governo.


Portanto, as duas palavras são corretas, só se deve prestar atenção quando usá-las para não correr o risco de ser tachado.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

EXPLODO OU EXPLUDO?

“Relaxo com um livro e explodo correndo.”
Essa frase está em meu perfil do google e gerou discussão. O certo não seria eu expludo? Esse verbo não é defectivo?
Consultei vários gramáticos para verificar se errei ou acertei.
Bom, primeiramente tenho que dizer que nem os gramáticos se entendem.
O mestre Drummond escreveu: “- Daqui vocês não me tiram – respondeu-lhes a bomba. – O primeiro que me tocar, eu explodo. Talvez este tempo de verbo não exista, mas pouco estou ligando à gramática de vocês. À gramática e ao resto. Estou farta! Farta!” (trecho da crônica A Fugitiva)
O verbo explodir é tradicionalmente considerado defectivo, não apresenta todas as conjugações (como os verbos abolir, falir, ruir...). No entanto, não é o que dizem muitos gramáticos.
No dicionário Houaiss encontramos: 1ª pessoa do presente do indicativo = explodo.
Em sua versão eletrônica, o Aurélio afirma que o verbo explodir é defectivo, porém afirma que na língua corrente é normal o uso de explodo.
Napoleão Mendes de Almeida (não aconselho esse gramático por ser muito tradicionalista) afirma que o verbo explodir é defectivo e não se conjuga na primeira pessoa do singular do presente do indicativo.
Cegalla e Sacconi pensam como Napoleão e sugerem que se use o verbo estourar para substituir explodir. Sacconi ainda afirma: “Embora a gramática tradicional estabeleça essa regra, a língua cotidiana tem consagrado este verbo na sua conjugação completa, usando expludo como a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, tendo cobrir como paradigma.”
Evanildo Bechara, maior gramático brasileiro vivo, afirma: “Muitos verbos apontados outrora como defectivos são hoje conjugados integralmente: agir, advir, compelir (...)”
E então qual a sua opinião?
Entendo que a língua está sempre evoluindo. Língua que não muda é língua morta. Se o uso de explodo é corrente, e até Drummond o usou, então fico com esta opção. Como expludo também é usado, principalmente em Portugal, as duas opções estão corretas.

Professor Sidclei Nagasawa


sábado, 8 de fevereiro de 2014

10 DICAS SOBRE PRODUÇÃO DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO.

1 – Não se escreve sobre o que não se conhece, por isso, o candidato deve ser um bom leitor. O alimento de um bom escritor é a leitura. Leia bastante: revistas jornais, textos literários... pois além de adquirir conhecimento sobre assuntos importantes, você também acabará internalizando regras gramaticais;
2 – É fundamental o domínio de concordância verbal e nominal, regência, pontuação, ortografia, emprego de conectivos. O candidato que não demonstra conhecimento nestes perde muitos pontos;
3 – É preciso escrever muito, praticar, porém de nada adianta escrever, escrever e continuar cometendo os mesmos erros. Peça ajuda a um bom professor de português ou de alguém que tenha muito conhecimento na área e vá eliminando seus erros. Lembre-se que você deve se colocar no lugar de quem vai ler sua redação e essa pessoa tem que entender tudo o que você escreve;
4 – A estrutura do texto é importantíssima: deve-se sempre respeitar o limite de linhas, nunca escreva menos nem mais do que se pede. Uma redação de 20 a 30 linhas deve ter entre 4 e 5 parágrafos; um parágrafo de introdução, dois ou três de desenvolvimento e um parágrafo de conclusão. Nunca utilize parágrafos com menos de 3 linhas. Respeite as margens, termine e inicie as linhas no mesmo local, ziguezague deixa o seu texto feio. Cuidado com os parágrafos, estes devem ter 2 cm de recuo no mínimo.
5 – Seja objetivo, não encha linguiça! O enfoque no assunto deve ser direto, sem rodeios. Não utilize chavões desnecessários nem expressões introdutórias meramente formais. Utilize linguagem simples e objetiva. Evite usar muitos adjetivos, lembre-se: Não se está descrevendo;
6 – Não se exige letra perfeita, apenas legível, porém não relaxe na caligrafia. O corretor não vai tentar adivinhar o que você escreveu. Cuidado com a separação de palavras no final das linhas, não se esqueça de colocar hífen. Utilize letras maiúsculas apenas onde for necessário. Jamais pule linha no texto ou entre o título e o primeiro parágrafo;
7 – Muitos entendem que o título é indispensável em um texto dissertativo argumentativo, porém muitas bancas entendem que é facultativo. Se for exigido, não se esqueça de pô-lo. O título deve ser uma frase nominal (sem verbo) e não deve vir seguido de ponto;
8 – Evite períodos muito longos. Utilize ponto final ou ponto e vírgula com frequência. Períodos longos podem prejudicar a coesão, coerência e as concordâncias verbal e nominal.
9 – Releia seu texto pelo menos duas vezes antes de passar para a folha definitiva. Verifique se a estrutura está correta e preste muita atenção na concordância, coesão e coerência do texto. Seu texto deve ser claro, objetivo, coeso e coerente. Texto amarrado, difícil de ler é texto ruim;
10 – Em um processo seletivo ou concurso, inicie sempre pela redação, muitas vezes ela vale 50% da sua nota. Sua cabeça trabalha melhor no início da prova. Rascunhe-a e faça o restante da prova. Volte a ela quando terminar, assim você sabe o tempo que ainda terá para aperfeiçoá-la e passa-la para a folha definitiva.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O USO DOS PORQUÊS

O uso dos porquês causa muita dúvida porque muitos aprenderam que “porque” se usa para frases afirmativas e “por que” para frases interrogativas. A regra não é tão simples assim, no entanto não se preocupe. Colocaremos regras simples e objetivas que tirarão todas as suas dúvidas quanto ao uso dos porquês.
POR QUE = preposição + pronome relativo ou interrogativo. Equivale a por qual motivo / por qual razão / o motivo pelo qual / pelo qual / pelos quais.
Exemplos:
Por que (por qual razão) você gosta tanto de ler Machado de Assis?
Não sei por que (por qual motivo) cheguei tao cedo.
Perdi a hora, daí por que (o motivo pelo qual) não fui.
POR QUÊ = o monossílabo átono que passa a ser tônico quando aparece em final de frase. Portanto, deve ser acentuado antes de ponto (final, de exclamação ou de interrogação).
Exemplos:
Por que ele gosta tanto de Machado de Assis? Só ele sabe por quê.
Ninguém me entende, por quê?
PORQUE = conjunção causal ou explicativa.
Exemplos:
Não foi trabalhar porque estava doente.
Eu sei por que fez isso. Porque estava com muita raiva.
Porque ele veio mais cedo não o vi.
PORQUÊ: substantivo. Sempre vem antecedido de artigo, equivale aos substantivos motivo, causa, razão, indagação.
Exemplos:
Não entendi o porquê (motivo) da irritação.
Estou analisando o porquê (a razão) de chorar tanto.
Tente achar resposta para o seu porquê (indagação).
Abaixo, um resumo do que vimos:

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